O que as dívidas podem lhe causar?

Mais de 63 milhões de brasileiros segundo as pesquisas do SPC estão inadimplentes que é uma situação muito comum no país. Praticamente metade da população adulta estão endividados e uma parcela deste deixam de ter o mínimo existencial para poder honrar com todos seus compromissos financeiros, sacrificando de ter o mínimo de dignidade, para poder ficar com o tão famoso nome limpo, que para muitos consumidores é uma questão de honra.

Quais os maiores medos de atrasar suas dívidas?

Só de pensar em sujar o nome, ou seja, ser escrito nos órgãos de proteção ao crédito (SPC) ou SERASA, acabam contraindo mais dívidas, com uma busca incessante de crédito, utiliza limites de conta, cartão de crédito e cheque especial para manter em dia suas dívidas.

Neste momento de vulnerabilidade e desespero a única alternativa que o devedor visualiza para solucionar o problema é buscar mais créditos sem ter o discernimento do quanto vai pagar no final do contrato, aceitando qualquer condição pensando somente na solução imediata. Não conseguindo perceber que está apenas postergando está situação trilhando um caminho sem volta que só vai aumentando a dívida gerando uma grande bola de neve.

Antes de contrair ou assumir qualquer renegociação ou parcelamento verifique taxa de juros que está sendo aplicada, certifique se está de acordo com a média de mercado. Não haja com impulso, analise e verifique se não está se prejudicando ainda mais!

Outro receio do endividado é perder o pouco que tem! Tomado pelo medo de que suas contas bancárias sejam bloqueadas, ou de perder seu veículo que precisa para trabalhar e levar seu filho no colégio ou até mesmo de perder sua casa o único bem da família.

Se estiver enfrentando essa situação difícil, saiba que existem regras e limites que determinam o que o banco pode ou não penhorar e que o consumidor, por sua vez, tem direito a defesa. Saiba mais o que o banco pode penhorar no artigo abaixo:

Quais bens não podem ser penhorados para o pagamento de dívidas?

O que uma pessoa endividada sente?

Os acúmulos de dívidas podem: influenciar o seu humor, aumentar a irritabilidade, estresse, desânimo, tristeza, medo, ansiedade e até desencadear uma depressão profunda.

Também o endividado tem perca de apetite, insônia, sentimento de culpa, incapacidade, impotência, vergonha e a queda de autoestima. Automaticamente nestas condições psicológicas, sua vida é impactada em todos os segmentos.

Quando a mente não está bem as demais áreas acabam afetando?

Sua mente e seu corpo são um só, somos seres biopsicossociais espirituais, ou seja, acaba sofrendo biologicamente, psiquicamente, socialmente e espiritualmente.

Com isso é nítido que as pessoas endividadas ficam mais vulneráreis e acabam desencadeando outros problemas.

Quais principais campos que podem interferir na vida do endividado?

Relações familiares e amigos:
Tem grande probabilidade de se isolar tendo vergonha de falar para pessoas do seu ciclo sobre o que está passando com este sufoco, medo do julgamento, de sujar sua imagem, fofocas, sentindo um grande desconforto e até mesmo incompetência de deixar as coisas chegarem neste ponto.

Outro fato que é muito comum é utilizar crédito em nome dos familiares e cônjuge. Quando não consegue honrar os pagamentos acaba gerando ainda mais desconforto e desentendimentos.

Com este turbilhão de dívidas tentando achar a solução pode ainda ter outros problemas como irritabilidade, preocupação, discussões, divórcio, violência doméstica e até mesmo suicídio. Percebe-se que os conflitos acabam aumentando pela falta de dinheiro em consequência o divórcio também ganha uma grande notoriedade que é uns maiores motivos que fazem os casais romperem a união.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de divórcios no País cresceu 75% em cinco anos e, no meio do ano passado, o total de divórcios saltou para 7,4 mil apenas em julho, um aumento de 260% em cima da média de meses anteriores. Sendo a principal causa, a crise financeira. A questão é que dinheiro pode não trazer felicidade, mas a falta dele pode trazer problemas para a vida conjugal.

Problemas profissionais:
Por conta do esgotamento emocional de sua vida financeira, com grande preocupação acaba reduzindo sua concentração no trabalho e tendo a ter uma considerável diminuição na paciência com os colegas e a baixa produtividade.

Saúde física:
Os problemas emocionais podem ocasionar problemas de saúde física e mensal.

De acordo com estudos da Universidade norte americana de Northwestern, jovens endividados tinham sua pressão arterial diastólica aumentada. A alterações na pressão arterial diastólica estão relacionadas a um risco maior de hipertensão e acidente vascular cerebral (AVC).

Pode também ter compulsão em remédios, álcool, cigarro e drogas.

Percebe-se que a pessoa endividada pode desencadear problemas sérios de saúde agravando muito mais sua situação não só financeira como na sua saúde.

Dicas para organização financeiras:

Reserva de emergência: Como o nome já diz emergência, este valor você deve guardar para uma emergência, até mesmo para não recorrer para empréstimos ou cheque especial ou gastos no cartão de crédito pagando juros altíssimo.

O valor ideal é guardar para a reserva de emergência pelo menos o valor que você precisa para viver em seis meses (água, luz, comida, aluguel etc) ou seja, multiplicando teu custa de vida, exemplo: CUSTO DE VIDA R$ 1.000 x 6 = R$ 6.000,00.

Este valor que deve ser sua reserva de emergência. Se organize para iniciar guardando ao menos 10% do que você ganha para juntar sua reserva emergencial para os imprevisto como saúde, conserto do veículo, perca de emprego, etc.

Com isso, no momento de sufoco conseguirá resolver a situação com mais tranquilidade. Esta reserva sugiro que deixe aplicado em uma renda fixa com liquidez imediata para poder sacar em qualquer momento e ainda fica rendendo um dinheirinho para você!

Utilizar planilha financeira: muito importante ter uma planilha de gastos para saber aonde seu dinheiro está sendo direcionado e ter a consciência onde está gastando. Com isso vai tomar decisões mais consciente, tendo a clareza do que de fato é importante e o que faz mais sentido investir, substituir, cortar custos e poupar.

Baixe a planilha de gastos

Cheque especial ou limite de conta: Cancele! Não tenha limite para não usar. Os juros do cheque especial é um dos produtos bancários com juros mais altos, não entre nesta de tirar e depois repor, sempre vai ficar pagando juros ou invés de estar investindo este dinheiro.

Precisou de valores emergenciais? Use a reserva de emergência, faça renda extra, ache outra alternativa que não te gere prejuízo. Os juros que você paga todo mês pode estar investindo em algo que você gosta.
Não faça renegociação inviáveis: não comprometa mais de 30% da sua renda, pois tem grandes possibilidades de não conseguir pagar. Aconteceu imprevisto? Renegocie somente as parcelas atrasadas para não assumir uma nova dívida com mais juros.

Caso o banco não te der possibilidades para negociação com valor justo, busque ajuda de um advogado especialista da área para analisar se existe abusividade no contrato.

Cartão de crédito: importante consumir somente o que pode pagar. Se não consegue ter este controle é melhor não ter cartão! Outra possibilidade é baixar o limite do cartão de acordo com suas condições. Tente evitar pagar o mínimo do cartão de crédito para não gerar parcelamentos automáticos.

Sempre pense antes de comprar ou adquirir algo. Faça a seguinte pergunta: Eu preciso disso por qual motivo? Se não sabe o motivo é por que não precisa, não adquira algo por impulso!

Não vire escravo refém de suas dívidas e não deixe que elas controlem você! Tenha consciência, aprenda a administrar o seu dinheiro para ter uma vida mais leve e tempo e para focar sua energia no que de fato importa.

Você tem a decisão e consegue mudar o seu futuro. E lembre-se, gerir a sua vida financeira é o primeiro passo para se livrar das dívidas. Mas você também pode buscar ajuda de profissionais para que eles possam lhe auxiliar nessa mudança.

Busque um advogado especializado em Direitos Bancários e saiba como ele poderá lhe ajudar na revisão de juros de algumas dívidas, como cartões de crédito, financiamentos de veículos, empréstimos, etc.

Se você tem dúvidas sobre como funciona a revisão de juros, não hesite em entrar em contato conosco. Nosso escritório possui excelência e profissionais qualificados que poderão lhe auxiliar na sua mudança de vida!

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