Saiba o que verificar na hora de contratar empréstimos e financiamentos
Ao tomar empréstimo ou fazer um financiamento, o cidadão deve ter duas preocupações principais: encontrar uma instituição que ofereça crédito com boas condições e ter o cuidado de não ser vítima de irregularidades. Caso o problema ocorra, o cidadão deve procurar as autoridades policiais e judiciais.
Antes mesmo de fechar a contratação de empréstimo, financiamento ou leasing, devem ser solicitadas as planilhas de simulação da operação, com as parcelas a serem pagas e com o cálculo do Custo Efetivo Total (CET). O CET sintetiza em uma única taxa todos os encargos e despesas previstos para a operação, ou seja, a taxa de juros, tarifas, imposto e outras despesas. Dessa maneira, o consumidor sabe quanto efetivamente pagará pelo crédito. É aconselhável comparar as propostas de diferentes instituições, utilizando o CET para créditos de mesmo valor e prazo.
O consumidor deve, ainda, ler atentamente a minuta do contrato, onde estão estabelecidas todas as condições da operação, incluindo os direitos e as obrigações do credor e do devedor. É recomendável também que o cliente verifique se os compromissos assumidos são compatíveis com o seu orçamento, para evitar os problemas decorrentes da inadimplência e do endividamento excessivo.
Sempre vale a pena adotar algumas precauções. Primeiramente, deve-se procurar sempre uma instituição autorizada pelo Banco Central (BC) e certificar-se de estar tratando, de fato, com a instituição em questão. Em caso de dúvida, consulte a página da instituição na internet para confirmar dados, condições, endereços e telefones, assim como confirmar o telefone da instituição financeira. Outra alternativa é visitar as instalações da instituição escolhida ou as instalações do seu correspondente no país que esteja atuando em nome da instituição.
Cuidados e recomendações
- Preste atenção se não exigirem preenchimento de cadastro ou se não fizerem consultas a cadastros restritivos, como o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) ou a Serasa;
- Suspeite se as condições forem muito favoráveis em relação àquelas oferecidas pelo mercado;
- Não forneça dados pessoais nem cópia de documentos a desconhecidos;
- Não aceite a intermediação de pessoas, com promessas de acelerar o crédito;
- Desconfie se houver solicitação de depósito prévio para a realização da operação, como despesas com cadastro, seguros e juros;
- Nunca faça depósito inicial para obter empréstimos, principalmente em contas de pessoas físicas;
- Jamais ofereça seu cartão ou senha de banco a terceiros;
- Evite fazer empréstimos com empresas desconhecidas que veiculam anúncios em jornais, internet ou outros meios de comunicação e que não possuam uma sede física, ou seja, um endereço conhecido;
- Desconfie se não houver contrato prévio;
- Leia o contrato antes de assinar. Em caso de dúvida, não assine;
- Nunca assine fichas em branco.
E se, apesar de tudo, o problema aconteceu?
Caso tenha pedido de informação ou queira registrar uma reclamação, entre em contato com o BC, que informa as instituições financeiras sobre a utilização de contas para fins ilícitos. Após análise, essas contas podem ser bloqueadas ou encerradas pelos bancos. A recuperação do dinheiro só ocorre após decisão judicial.
“As reclamações recebidas pelo BC auxiliam no processo de supervisão dos bancos e de outras instituições financeiras, mas o Banco Central não tem competência para resolver litígio envolvendo cliente e banco. É preciso acionar a polícia e registrar um boletim de ocorrência (B.O.)”, informa Carlos Eduardo Gomes, chefe do Departamento de Atendimento ao Cidadão do BC.
Acesse o site do BC para mais informações.
Demandas no BC
Nos últimos anos, alguns aperfeiçoamentos foram promovidos pelo BC no intuito de enfrentar demandas dessa natureza. Entre as medidas, estão a padronização e aprimoramento dos procedimentos utilizados pelas equipes no tratamento de demandas relacionadas a ilícitos, a inclusão de mensagens educativas na fila de espera do telefone 145 e a divulgação de informações com alertas. “Além disso, tem sido desenvolvido um mecanismo de validação de documentos emitidos pelo BC que permite ao cidadão conferir se o e-mail ou correspondência recebido foi emitido ou não pelo BC, mitigando a possibilidade de golpes envolvendo o nome do Banco Central”, exemplifica Carlos Eduardo.
Fonte: Banco Central do Brasil
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